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8 de outubro de 2005

A flor da saudade

Um comentário:
 

Olhei meus carinhos guardados e comecei a lembrar do tempo em que era feliz, lembrar de todas as pessoas que compunham minha vida como parte de uma flor, onde cada uma atuava como uma pétala.
Olhei o retrato esquecido ao lado da cama e comecei a lembrar do tempo em que era feliz, lembrar de todas as pessoas que compunham minha vida como parte de uma flor, onde cada uma atuava como uma pétala.
            Simplesmente cansei de gritar, tentar me adaptar, esquecer quem amei e os motivos pelos quais chorei.
            Quando as horas passavam devagar tentava me distrair e não pensar no que me fazia sofrer. Arrependi-me de muitas coisas e uma delas foi escutar tudo em silêncio sem expressar minha opinião. Meu silêncio me reprimia.
            Eu já estava acostumada a estar sozinha em tempo integral, me olhar no espelho e duvidar se realmente era eu, mas na verdade, nunca soube realmente quem sou, quem eu era.
            Meu coração sentia falta de uma coisa que já estava acostumado a conviver, como quando uma criança se apega ao bichinho de pelúcia que não a pertence.
            Na minha essência permanecia plantada uma flor que era alimentada de sentimentos contraditórios e mantida pela falta que meu coração sentia da outra metade que nunca o pertenceu.
            A saudade aumentou conforme o tempo, até eu realmente me convencer de que nunca estaria com a outra metade do meu coração novamente, que ninguém preencheria o vazio da minha mente, que nunca me adaptaria e nunca voltaria a amar outra vez.
            E a semente dos meus rastros foi germinando, aumentado a dor das lembranças de quando eu falava coisas bobas e sorria à toa, ao lado das pessoas que mais me suportavam e me amavam.
            Convenci-me de que perdi totalmente a noção do que é viver sem alguém, porque antes quando eu não conhecia quem eu tanto amaria, vivia tranquilamente, mas não sabia o que era viver realmente. Só quando tive a oportunidade de perceber a existência da amizade passei a viver intensamente e depois, quando meu carinho se transformou em brilho e meu amor apagado, não consegui mais voltar ao passado e resolver tudo o que tinha que fazer. Só me resta o presente, esperar o chão florescer e despertar um amor oculto pelas regras da saudade.

Um comentário:

colecionadoradeporcelanasrtafeitadeaçucar disse...

acho que isso aqui no meu rosto é uma lágrima..
tudo bem. eu admito..
eu chorei lendo isso..
mas eu ando deprimida ultimamente.
(não que o texto não esteja bom a ponto de me fazer chorar)..
quer saber? que se dane. esse texto foi o melhor!!
Isa - Uma salva de palmas para Camila Alves.
(aplausos)
Mih - Obrigada..(com aquela vozinha de criança que estava dormindo até agora)

- amo vc preta ;

 
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