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19 de maio de 2007

Veneno

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Como ela queria acreditar que não existe ninguém torcendo contra nós.
Justamente foi o contrário que se provou, quando descobriram o algo mais que alguém entregou e passaram a opinar sobre tudo sem relação com a própria vida.
É que para eles, a vida alheia parece ser mais interessante.
O dom da voz deveria ser usado para coisas mais úteis, e não para destruir ou atrapalhar os feitos e sonhos dos outros, ela pensou.
Apunhalam sem pensar em conseqüências e inventam sem princípios.
Defendem-se tão covardemente, dizendo que foram outros que começaram a destruição, mas quando alguém ajuda a espalhar, ajuda a aumentar a sujeira e isso vira uma neve fria que se acumula, e cai totalmente sobre a vítima.
E uma raiva súbita tomou a mente dela, quando percebeu que o assunto de todos era sobre sua vida.
Aquele repertório repetido já não era mais uma vantagem, e os jogos sujos que foram desmascarados só geraram mais pregos em suas paredes.
Um dia ela ouviu de uma pessoa que ela era sim igual uma parede com pregos, e que quando se retira os pregos, as cicatrizes ainda ficam marcadas. Uma cicatriz para cada mentira que sofreu em ouvir; todas sobre ela mesma.
E aquelas palavrinhas que terminam sempre tão modificadas, deveriam ser jogadas no fundo de um lago, com uma âncora sem corda para superfície.
Aquilo tudo escorria dentro dela e queimava, mas ela não retribuiu.

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